DO BOM E DO MELHOR - III

07/12/2011 07:37
            A multiplicação do pouco 
“Disse-lhe o seu Senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.”
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(Mt 25.23)
            Este versículo é da parábola que Jesus contou sobre servos que receberam talentos e se esforçaram por multiplicá-los até o momento em que os devolveria ao seu senhor. De três servos, dois alcançaram esse resultado e o senhor não somente aprovou o seu comportamento como prometeu-lhes muito mais.
            Pelos valores desse mundo seríamos levados a esforços diários para multiplicar somente coisas que não nos trarão nenhum benefício para a eternidade. É um desequilíbrio muito, muito prejudicial.
            Que satisfação teríamos para apresentar ao Senhor a respeito da nossa improdutividade? Inteligência, dons espirituais, recursos (poucos ou muitos), capacidades diversas Ele nos tem dado. Qual a justificativa para não servirmos?
            Deus se deleita em servos produtivos no seu reino. Isto é bom aos seus olhos; o esforço e dedicação, a visão de sempre melhorar é a maior prova que podemos dar de nossa fidelidade ao Senhor.
            Outra visão interessante dessa parábola é que o que chamamos de muito trabalho aqui, Jesus chama de pouco – “...sobre o pouco foste fiel...”.
            Tive um colega de trabalho que não se importava com a qualidade do seu serviço. Ele costumava dizer: “Prá quem é, tá bom demais.” Ele supunha que a empresa não merecia um bom serviço.
            Em nosso caso, a situação é oposta. Nosso Superior merece todo o serviço que pudermos prestar para Ele e ainda será pouco!
            Será que estamos certos quando não assumimos responsabilidades na obra de Deus? Quando não gostamos de ser exigidos? Será que estamos certos quando nos aborrecemos e largamos a obra de Deus?
            Muitos crentes tem sido falhos nesse discernimento. Não tem se dedicado à obra que pode trazer-lhes benefício eterno. Que justificativa aceitável eles teriam?
            Bom é nos esforçarmos para multiplicar aquilo que Deus tem colocado sob nossos cuidados.
 
         Quanto mais edificação, melhor
“Portanto, procurai com zelo os melhores dons; (...) O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. (...) Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja.”                  I Cor 12.31a; 14.4,12
 
            O que eu poderia fazer na igreja? Esta pergunta poderia ser diferente: Como eu poderia cooperar para a edificação da igreja?
            O objetivo não é ativista – fazer. O objetivo é abençoador – edificar.
            O Dr Shedd comenta que “Edificar a igreja é a única motivação legítima para exercer os dons.” E edificar significa construir, induzir à virtude.
            Portanto, edificar a igreja é contribuir para o seu crescimento espiritual. Todo trabalho feito, por todos os seus membros deve ter essa motivação – o crescimento em fé, o crescimento em amor, em esperança, em toda e qualquer semelhança com Cristo.
            Esse deve ser um espírito comum na igreja, uma disposição geral. Para tanto, todos devem dispor o que tem a oferecer ao mesmo tempo em que percebem suas necessidades de crescimento e o buscam na vida de outros.
            Quanto mais edificação melhor.
            Não cabe então, uma vida cristã voltada para si mesma, isolada, auto-suficiente e que despreza o restante do corpo como abençoador. Todo o corpo de Cristo é abençoador. Numa igreja todos abençoam, todos edificam – e quanto mais, melhor.
            Temos trabalhado dessa forma ou estamos preocupados apenas em fazer algo?
            A questão do serviço cristão não é apenas fazer algo, é edificar.
            Se não estivermos crescendo na semelhança com Jesus Cristo, então, estamos trabalhando de forma errada – ocupando o nosso tempo com meras atividades religiosas.
Mas, se estivermos crescendo nas virtudes cristãs, então aumentemos ainda mais nossos esforços para a continuidade dessa edificação em todos e por meio de todos.
            Você tem se visto e se comportado como uma parte abençoadora do corpo de Cristo?
Provar do melhor é se dedicar à edificação dos irmãos.
 
Multiplicar o que Deus tem colocado sob os nossos cuidados e edificar a sua igreja nos leva a provar do bom e do melhor.
 
Pr.  Wagner Saraiva