MUTUALIDADE - REMÉDIO SEM CONTRA INDICAÇÃO

29/03/2012 07:05
“E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos à caridade e às boas obras, não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestemo-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” 

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(Hb 10.24-25)
Os crentes que receberam essa carta precisavam de encorajamento para seguir em frente na caminhada de fé. Alguns, inclusive, já estavam deixando de congregar. Os motivos não são revelados no texto, mas sabemos que podem ser muitos.
O afastamento da igreja, dentre outros casos, pode ser provocado por um estresse prolongado, um momento de tribulação muito intensa, uma desavença com outro irmão, um aborrecimento com uma decisão tomada ou pelo maior vilão da comunhão - o pecado.
 
Contudo, o Senhor Deus nos chama à comunhão, à reconciliação e ao perdão evitando o afastamento. A natureza congregacional da igreja é algo que a bíblia não negocia.
Então, que solução foi proposta à igreja diante dessa situação?
 
A orientação que aqueles crentes receberam foi a mutualidade (“consideremo-nos uns aos outros”, “admoestemo-nos uns aos outros”).
Todos nós precisamos desse encorajamento. Não há crente que não precise. Mas, ao mesmo tempo em que todos precisam, todos também podem encorajar. Isso é mutualidade; sentimento mútuo, recíproco, existente em ambos.
 
A bíblia nunca ensina a auto-piedade, justamente porque esse pecado leva a pessoa a julgar todas as outras como odiosas colocando-se como a única que necessita de cuidados.
Outro empecilho à mutualidade é a indiferença, pois embora a pessoa esteja dentro da igreja está se afastando da comunhão com todos e reduzindo-a a grupos exclusivos. Isso enferma o corpo de Cristo que deve ser unido e inclusivo ao invés de restrito e exclusivo – o que é comum em ordens secretas, mas não à igreja bíblica.
 
Sem esse sentimento mútuo de encorajamento a igreja se enfraquece e tende a adormecer perdendo o alvo da inhada cristã e eu evento mais esperado - a volta de Cristo.
A bíblia ensina a mutualidade. Todos vêem as suas necessidades e as dos outros, todos dão e recebem palavras de encorajamento. A edificação não vem de um grupo para outro, vem de todos para todos.
 
A mutualidade é poderosa no estímulo ao amor fraternal e às boas obras que vão além de fazer beneficência, mas de viver em santidade.
A mutualidade é poderosa na admoestação, não por cobrança, mas por desejo de comunhão, de estarmos sempre juntos.
 
A mutualidade nos mantém alerta e focados na maior promessa a ser cumprida.
Vamos tratar o problema do afastamento da comunhão de forma bíblica. Primeiro, não nos afastando. Segundo, estimulando-nos mutuamente. Terceiro, admoestando-nos mutuamente. Quarto, tendo em mente a volta de Cristo.
 
É Cristo quem traz todo sentido de estarmos juntos mantendo relacionamentos positivos, encorajadores, amáveis, saudáveis, estimulantes e cativantes.
 
Que o Senhor nos abençoe!
Pr Wagner Saraiva