O USO CORRETO DO DIA DO SENHOR -II

05/10/2011 07:41

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Como devemos usar o domingo?

Com estes fatos em mente, podemos ver que, para nós, o domingo é o dia de descanso ordenado por Deus.
É o dia que incorpora tudo o que é permanente e universal no Quarto Mandamento. Então, como devemos usá-lo? Para responder esta pergunta, temos de falar tanto negativa como positivamente.
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O que não devemos fazer:

Não devemos imitar os fariseus.
O dia de descanso tem sua origem na Criação. Por um tempo, usou as vestes do Antigo Testamento. No entanto, agora está com uma roupagem do Novo Testamento. Isto significa que não podemos impor ao dia de descanso as regras mosaicas que já passaram, tais como as que encontramos em Êxodo 35.2-3 ou Números 15.32-36.
Não devemos ter em mente uma lista de faça e não faça, tal como se lê em Mateus 12.1-2.
À legislação de Moisés, os fariseus acrescentaram todo tipo de regras deles mesmos. Para os fariseus, esfregar o grão na mão era o mesmo que debulhá-lo. Eles também tinham regras a respeito de quanto peso se devia carregar e quão distante se podia caminhar no dia de descanso. Por trás de todas as regras dos fariseus, havia uma mentalidade que não tem qualquer lugar na vida de um crente do Novo Testamento.
 
Não devemos trabalhar.
Na Bíblia, a palavra “trabalhar” significa muito mais do que ganhar a vida. Também se refere aos deveres de nosso dia-a-dia, à nossa recreação e ao pensamento que motiva estas coisas. Quanto for possível, todas estas coisas têm de ser colocadas de lado, tanto por nós como por aqueles pelos quais somos responsáveis.
Devem ser colocadas de lado não porque somos pecadores ou impuros, e sim porque Deus nos ordenou que as fizéssemos nos outros seis dias da semana (Êx 20.8-11).
 
Não devemos ficar ociosos.
O descanso de Deus, após a Criação, não foi inatividade, e sim o cessar um tipo de atividade com relaçao à criação, pois Deus continua trabalhando. (João 5.17).
O domingo deve ser um descanso santo que nos faz cessar um conjunto de objetivos, para que sigamos outro conjunto de objetivos bastante diferentes. Não é um dia para vadiarmos por aí.
 
O que devemos fazer:
 
Devemos nos reunir com outros crentes.
Devemos nos reunir, tanto formal como informalmente (At 2.1; 20.7; Jo 20.26). A Bíblia não delineia algum tipo de lista de atividades para o domingo, mas o princípio é claro.
O domingo não é um dia para gastarmos sozinhos ou somente com a família. Devemos nos reunir especificamente para a edificação, ou seja, para edificarmos uns aos outros nas coisas de Deus. De tudo o que fizermos com este objetivo, o ensino da Palavra e a Ceia do Senhor são o mais importante (Atos 20.7).
 
Devemos evangelizar.
O Dia de Pentecostes começou com uma assembléia que visava à ajuda e ao encorajamento mútuos, mas a vinda do Espírito também consagrou aquele dia à evangelização. A vinda do Espírito Santo pode ser vista como um penhor de sua bênção nesta conexão (At 2).
 
Devemos nos envolver em obras de misericórdia.
É lícito fazer o bem no domingo, especialmente salvar vidas, curar e trabalhar pelo bem-estar espiritual dos outros (Lc 6.9; Mt 12.5; Lc 13.10-17; 14.1-6; Jo 5.6-9, 16-17). O domingo comemora o maior ato de misericórdia de todos os tempos. Todos podemos pensar em incontáveis maneiras de fazer o bem às pessoas, mas este aspecto da observação do domingo é amplamente esquecido. Aqueles que acham o domingo “monótono” quase sempre são pessoas que se tornaram egoístas.
 
Devemos nos envolver em obras necessárias.
Não podemos limitar isso apenas àquelas coisas necessárias à nossa sobrevivência, visto que, se assim fosse, passaríamos o dia somente respirando. O dia de descanso foi criado para o homem — em outras palavras, foi criado para o bem-estar do homem.
Não há qualquer conflito entre guardar o domingo e seguir os nossos melhores interesses (Mt 12.1-8, 11-12) conquanto estejam em consonância com a vontade de nosso Senhor.
Continue, desfrute do domingo! Além das atividades já mencionadas, reúna-se com os amigos, prepare boa refeição para eles, converse, caminhe, sorria, ore, admire a criação de Deus e vá para a cama tendo um coração grato e contente.
 
Extraído – publicação da Editora Fiel