A RECOMPENSA QUE VEM DE DEUS

23/03/2012 07:00
Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita; Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente. 
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(Mateus 6:3-4)
Qual sua motivação quando leva a oferta ao altar na casa de Deus?
O Senhor Jesus ilustra que a motivação em nosso coração com relação a nossa oferta pode ser boa ou ruim para nós mesmos. Se a motivação for errada, para obter louvor e reconhecimentos humanos, perdemos a recompensa divina. “Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita.” , com esta advertência o Senhor Jesus ensina-nos a não agir com hipocrisia, pois no contexto, vemos que os fariseus praticavam o ato de ofertar com notoriedade publica, chamando a atenção para si, em busca de louvor humano.
 
Como e porque ofertamos a Deus é tão importante quanto o que ofertamos, por isto, fazer do jeito que Ele nos ensina é fundamental para obtermos as recompensas que Ele mesmo propõe a nos dar. “...para que a tua esmola seja dada em secreto”. Se a oferta levada ao altar é para Deus, quem mais além dele precisa vê-la? Assim, a motivação pura deve ser a principal dentre todas quando ofertamos.
 
Há cristãos que contribuem para conseguir egoisticamente o que precisam, numa espécie de troca ou barganha com Deus, por terem o desejo de receber algo em troca, “dão mais que os outros”, e quanto mais acreditam que podem obter; mais “investem” no reino Deus. Embora o principio de investir no reino seja algo louvável e sensato fazer, não deve ser feito com o propósito de pura e simplesmente alcançar as bênçãos prometidas pelo Senhor do reino.
 
Outros contribuem para conseguir posições privilegiadas, status, reconhecimentos na igreja ou satisfação do próprio orgulho com relação aos outros, uma espécie de sentimento de competitividade leiloeira, “quem dá mais”. Como no reino de Deus este não é o principio de grandeza, “quem dá mais” não ganha mais por isto, mas quem “ama mais” recebe galardões maiores.
 
Um rei chamado Amazias, diz a bíblia “Fez tudo que era reto e justo diante de Deus, mas não com um coração inteiro” (II Cr. 25:2), embora notoriamente diante dos homens ele tenha tido reconhecimentos pelos seus feitos, Deus viu o seu coração e não o recompensou. Jesus deixou claro que quem contribui com motivações escusas, alcança apenas uma recompensa terrena. “já teve a sua recompensa”. “Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.”(Mateus 6:2)
 
Geralmente os "cristãos" que cantam as pedras de suas contribuições publicamente sao aqueles que contribuem um pouco mais que os outros. E este orgulho no coração os levam a dizer: "Eu dei tanto para a obra tal", "Todo mês dou "X" para a igreja", "Minha igreja nao cobra dízimos, mas nós damos só ofertas grandes", "No natal só EU ofertei mais que metade da igreja", "quando damos as ofertas não damos mixaria". Expressões como estas são dentre outras as que passam pelo coração do hipócrita recompensado apenas pelo seu próprio louvor e revelam o quanto este está inflado de soberba  e ignorância.
 
A recompensa que vem Deus é aquela  “que teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.  (Mateus 6:4)
A única oferta que atrai as recompensas divinas são aquelas que só Ele vê, e ninguém mais, sem trombeta, sem alarde, sem anúncios. Mais importante que receber o louvor dos homens, da igreja, dos irmãos, do líder, seja ele pastor, padre ou ancião, é receber o louvor de Deus. “ele mesmo te recompensará publicamente”. Quer ser aplaudido por Deus? Contribua com alegria e secretamente. “Pois Deus ama ao que da com alegria” (II Cor. 9:7).
 
A liberalidade do nosso coração e a sinceridade com que ofertamos a Deus também libera o favor de Deus a nós. Assim, contribua com a motivação certa, uma vez que não é o valor da oferta que determinará a recompensa que virá, mas a qualidade do coração do ofertante.
Que o Senhor, que sonda mente e corações, possa neste dia contemplar seu coração e recompensar você “conforme  a motivação das suas obras” (Rm 2:6)
No amor de Cristo,
 
Pr. Paulo César