A FONTE DE NOSSA FORÇA

14/09/2012 06:43
“Portanto fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos para os seus pés, para que o manco não se desvie, antes, seja curado.” 
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(Hb 12.12-13)
 
            A primeira impressão que esse versículo nos traz é de insensibilidade exigindo mais daqueles que já estão esgotados. Quando nos sentimos cansados a última coisa que queremos ouvir é uma cobrança.
            Então, se essa impressão não corresponde à realidade, qual seria o sentido dessa exortação?
           
Os crentes que receberam essa carta passavam por um momento de desânimo devido a perseguições. Deus usa o autor da carta para encorajá-los a perseverar pela fé.
            Ao invés de uma mensagem triunfalista Deus traz uma mensagem realista. O versículo acima está dentro de um contexto de disciplina de Deus (4-13) com o propósito de fazê-los participantes de Sua santidade.
O desânimo não os ajudaria em nada. Seria uma reação negativa, evasiva e cheia de auto-piedade.
 
A verdade é que podemos ir além do que estamos dispostos na área do serviço cristão, da consagração de vida e na comunhão com Deus, mas não é o que queremos.
Fazemos um pouco e achamos que isso é muito; temos nossas lutas e achamos que isso não é justo; passamos por alguns aborrecimentos e achamos que não precisamos disso – preciosismo; essas reações só nos levam ao desânimo e afastamento da obra de Deus. São as desculpas que precisamos para “tirar o corpo fora”.
          
Então, as mãos se afrouxam e os joelhos vacilam; já não faz diferença o caminho ou a direção tomada; a indiferença e o cinismo se estabelecem e acabamos como num barco à deriva vivendo de delírios e ilusões “animadoras” – o que é desprezível para quem conhece o evangelho que é o poder de Deus.
            Há como evitar:
Fortaleçam as mãos enfraquecidas: segure firme as suas responsabilidades e compromissos com Deus;
 
Fortaleçam os joelhos vacilantes: dê passos mais seguros rumo à comunhão com Deus e sirva-O com fidelidade – não se acomode à mediocridade; corra a carreira que nos está proposta.
 
Façam caminhos retos para os seus pés: as dificuldades não justificam desvios de conduta e de pensamentos;
 
            Há cura para o manco e ela não está na auto-piedade, ou seja, na pena de si mesmo. Mesmo quando passar por um momento de crise na fé não espere que Deus será condescendente com decisões erradas. Quando irados pensamos estar cheios de razões – ledo engano!
 
Os surtos e desequilíbrios emocionais nunca dão razão a ninguém, por mais bravo que esteja. Decepções, insatisfações pessoais ou injustiças sofridas também não justificam uma vida cristã sem compromisso nem dão o direito de julgar todo mundo. São apenas falsas desculpas para fugir às responsabilidades assumidas.
         
Relaxamento e comodismo são pecados. Tentar justificá-los é um pecado maior ainda. Não espere condescendência para eles. Este caminho só leva à alienação e morte espiritual.
O fortalecimento está em Deus para que não fiquemos pelo caminho, mas perseveremos até o fim.
 
O crente nunca deve negociar seu compromisso com Deus, a comunhão no Espírito, seu caráter, integridade e fé, pois, o Senhor o fortalece. Há cura!
 
Pr Wagner Saraiva