LIÇÕES DA NATUREZA

17/01/2012 06:20
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“Depois de fazer sair todas as que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz;”
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(João 10:4)
Sou pastor e tenho por costume visitar minhas ovelhas, e chegando à casa de uma delas, em recente visita,  encontro-a podando a sua goiabeira.
Observando melhor, pude perceber  seu quintal forrado de goiabas: algumas podres, outras  boas, porém, arrebentadas.
 
Vi  também que haviam muitos galhos cortados espalhados pelo chão, cheios de goiabas verdes, goiabas-de-vêz e goiabas maduras.  Um barulho me chama a atenção, – plofft!, era  uma goiaba caindo do pé e estatelando-se no chão. Logo  entendi o porque: Há um momento em que o fruto ao amadurecer  desprende-se do galho que o sustenta e cai.
 
Fiquei ali com aquele irmão algumas horas e seguidamente uma após a outra vi as goiabas caindo “...de tão maduras que estavam.”   Fixei meu olhar na goiabeira e vi  várias e lindas goiabas maduras, grandes, arredondadas e formosas.
Outras em crescimento, e ainda outras pequenas, bem como também muitos brotinhos.
 
– Pensei: é tão breve a estação da goiaba, e o irmão está cortando a goiabeira porque os frutos lhe incomodam.
– No mesmo instante ele  vira-se para mim e com um sorriso cordial me diz: Aceita uma goiaba pastor?  
- Diante de minha assertiva, para me agradar, vejo-o todo entusiasmado procurando  o melhor e mais bonito fruto daquela goiabeira. Não nego que Fiquei feliz com tamanha demonstração de carinho e atenção para comigo;   mas sai dali pensativo.
– Que contraste !  Praticamente todos os frutos passam pelo processo de maduração e adquirem a forma saudável daquele que eu estava comendo; no entanto,  dezenas ou centenas deles estavam no chão, pôdres; outros novinhos, embora arrebentados por causa do impacto da queda, tudo isto porque não havia ninguém para colhê-los no devido tempo.
 
Entendi que naquele dia até  o presente momento que eu   visitei aquele irmão, o único fruto que fora salvo, foi “aquele”  que ele me ofereceu; tudo isto por que almejou me agradar com uma bela goiaba.  Todos os outros foram negligenciados, talvez porque alguns eram novos demais, ou pequenos demais,  outros por  não estarem maduros, já outros por estarem  ao chão “feridos”; e ainda outros apesar de bonitos e agradáveis à vista, porque não havia interesse em aproveitá-los. 
 
Então fiz uma comparação entre aquela situação e a realidade do mundo em que vivemos.
-               O mundo é como a goiabeira; cada pessoa neste mundo assume a forma do fruto que se perde;
-               O homem quando morre é como o fruto que ao amadurecer cai, desprendendo-se da goiabeira;
-               O dono da goiabeira simboliza os cristãos responsáveis pela colheita, ou, obra missionária;
-               O pastor que visita representa o Senhor dos cristãos;
 
LIÇOES DA NATUREZA
E na tentativa de entender melhor  o que acontece hoje conosco e para que eu não seja negligente em minha vida cristã,  extrai duas  lições e alguns princípios desta visita.
 
Primeira Lição: Física
O fruto da goiabeira  é uma das bênçãos que Deus nos dá através da natureza, mas precisamos gostar delas  e buscá-las; transformando-a de acordo com a nossa necessidade.
No entanto, como tudo na vida é um processo de luta, é preciso um certo esforço para colhê-lo; quando isto acontece, há satisfação; pois, é muito melhor desfrutar de um fruto conquistado no pé do que um apanhado no chão.
 
Segunda lição: Espiritual
Embora as goiabas da ilustração acima se perdiam num mundo material, o mesmo é válido para as vidas humanas que morrem sem Jesus.
Todas as pessoas que “Caem da goiabeira da existência” sem alcançarem o toque das mãos do Senhor, estão destinadas ao apodrecimento eterno no inferno.
 
De igual forma se a presente geração de cristãos não gostar delas, se não tiver interesse em procurá-las, se não tiver o desejo de alegrar o coração do Senhor da Igreja aproveitando o tempo presente, só restará a opção de continuar “...desprezando os frutos que  incomodam.”
Pense nisso e veja a importância de fazer parte da colheita deste tempo!
Em Cristo Jesus,
 
Pr. Paulo César