O MELHOR DE DOIS MUNDOS - FAMILIA III

23/11/2011 06:39
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“A mulher sábia edifica sua casa, e a tola a derruba com as mãos” 
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(Provérbios 14:1)
Na seqüência destes artigos, quero enfatizar a sabedoria da mulher na administração do seu lar.
Como disse anteriormente, o casamento é baseado em relacionamento a dois, que, com o tempo pode melhorar ou piorar.
Dependerá muito de como ambos administram os conflitos surgidos. Não existe relacionamento ruim, mas sim, relacionamentos mal administrados.
Naturalmente por virem de origens diferentes de criação, o casal entra no relacionamento com largas perspectivas de crescimento, de realização de sonhos, projetos e altruísmos. Ao longo do tempo, o desgaste manifesto pelas dificuldades, frustrações com a própria realidade e a deterioração da alegria e intimidade no relacionamento vão minando paulatinamente o sentimento nutrido no início que os levou a propor uma união matrimonial.
 
Isto acontece por várias razões, no entanto, em essencial pela falta de habilidade em administrar as diferenças de opiniões e crenças.  Todos temos pensamentos próprios que formam conceitos pessoais, e estes quando se chocam com outros diferentes dos nossos geram os conflitos.
Tais conflitos nos bastidores do lar, quando não são trabalhados pelo casal tendem a agredir a harmonia, afetando  o equilíbrio das pessoas envolvidas e comprometidas.
 
A bíblia cita a mulher sábia como aquela que administra com habilidade tão bem o seu lar, ao ponto de promover o seu sucesso. Onde é que esta mulher atua, neste contexto que produz um resultado tão positivo para sua família, ao ponto de ser qualificada como sábia?
Um dos pontos fundamentais que entendemos ser coerente com a sabedoria da mulher está no fato de saber, além de administrar as tarefas domésticas, fazer um bom uso da língua.
O autor de Provérbios chega a dizer que “é melhor morar num deserto, do que morar numa casa com uma mulher rixosa.” (Pv 25:24)
A palavra rixosa tem o sentido ou sinônimo de contenciosa, ou crítica. A maioria dos casais tendem a se criticar continuamente. E é este fato que leva as diferenças entre os dois ao nível de incessantes conflitos e discussões que acabam culminando ao longo do tempo num relacionamento desgastado.
Embora muitos homens sejam críticos por natureza, quando a mulher tem este comportamento destacado nela como característica negativa, então se revela a falta de sabedoria e a tolice é manifesta. Daí o porquê das palavras  do sábio: “... a tola derruba sua casa com as mãos”. (Pv 14:1)
Qualquer que seja o relacionamento, quando alguém é largamente criticado, desenvolve-se nele uma forma de defesa interna, que o leva a reagir sempre de modo que dificulta a consciência dos seus erros, ocasionando novos conflitos em formas de discussões e debates como conseqüência.
 
Creio que não existem críticas positivas. Todas elas são negativas em si mesmo. Apenas o que faço com a crítica é que vai revelar se ela foi ou não positiva para mim.
A mulher tola é aquela que não sabendo lidar com situação, sempre apresenta uma opinião contrária e negativa do problema dirigindo-se ao marido como raiz do problema em si. Isto feito, não uma, mas várias vezes ao longo do dia, senão semanas. O  que a caracteriza como rixosa.
 
Veja as opções boas do lado ruim! - Assim, é comum no lar desta mulher, constantes reclamações, críticas, murmurações, lamentações, ironias e acusações por parte dela. Por ser incapaz de ver opções boas do lado ruim das coisas, cada dia que passa, torna-se um dia de aperfeiçoamento para que o hábito se instale afetando as relações de tal modo que o afeto, a aproximação, a admiração e o respeito vão dando lugar à hostilidade, irritabilidade e indiferença do marido, gerando um distanciamento emocional e por conseqüência, também físico. 
Neste contexto, fato é que muitos relacionamentos conjugais onde o adultério torna-se um marco divisor, tem como fundamento em geral um estilo de vida contencioso da mulher que empurra o cônjuge para os braços de outra.
 
O casamento é um espaço de crescimento. É na mutualidade das ações e compartilhamento de objetivos comuns que se constrói o sucesso do casal.
Cada um deve se esforçar para aumentar a consciência de seus próprios pontos fracos a fim de proporcionar ao ambiente dos dois, um crescimento saudável, interativo e progressivo no sentido de atenuar ou até mesmo eliminar as raízes das contendas.
 
Cumpre à mulher, não se resignar a ouvir e aceitar todas as imposições do marido, como manifestar por meio do diálogo e não de reivindicações lamuriosas, aquilo que espera dele. Aquilo que a desagrada no comportamento do parceiro, ou a exposição das limitações encontradas no outro e os próprios sentimentos  negativos captados devem ser discutidos com maturidade pelos dois com o intuito de se estabelecer um caminho mútuo a ser trilhado em vistas à solução e à estabilidade do relacionamento.
Alguém disse que todo ponto de vista é a vista de um ponto. Assim, não existe razão absoluta, mas um entendimento acordado do que seja melhor para os dois. Pequenas diferenças de opinião e de preferências, ou crenças, podem se tornar grandes problemas no casamento.
Como não sou perfeito, não devo esperar perfeição do meu cônjuge, o que me leva então a trabalhar para o aperfeiçoamento do outro. Se temos um parceiro significa que optamos um dia em compartilhar a vida com alguém no sentido de nos completarmos.
 
No casamento quanto mais divido o amor, mais ele cresce, assim, devo amar incondicionalmente meu parceiro, fazendo desta atitude uma marca fundamental para o sucesso de uma vida a dois, uma vez que segundo o ditado popular: “cada cabeça é um mundo”; e o melhor de dois mundos; é quando um tem algo essencialmente em comum com o outro.
 
Que o Senhor Jesus, possa por meio do seu Espírito Santo, fazê-la entender a grandeza desse amor.
Em Cristo, Pr. Paulo César.