A COLEIRA DO AMOR

A COLEIRA DO AMOR

 

Foi num  sábado à tarde, ao entrar num supermercado em minha cidade, tive uma experiência interessante.

Ao observar uma senhora com seu cachorro, vi que o mesmo tinha coleira no pescoço e uma corda guia.

No entanto, este andava livremente de um lado para o outro, acompanhado sua dona.

O cãozinho mesmo preso por uma coleira, estava livre, uma vez que ninguém o segurava afim de guiá-lo, mas em contraste a esta realidade estava preso à sua dona.

O que o prendia? Pensei!

A resposta a que cheguei me proporcionou uma reflexão.

Há cães, como também outros animais (alguns racionais) que só acompanham o dono, quando são obrigados, inclusive quando presos de um lado por uma coleira e uma corda guia presa na mão de seu dono.

Porém, este cãozinho estava  livre, porque o que o prendia era coleira do amor.

Não sei se animais amam, à semelhança do homem, mas sua atitude revelava o sentimento de afeto e gosto pelo dono.

 Se temos que usar uma coleira para nos prendermos a alguém, ou para prendermos alguém a nós, esta é a coleira do amor.

 Paulo, o apóstolo escreve: “A ninguém fiqueis devendo   nada, a não ser o amor” (I Coríntios 13:8)

 Quando amamos verdadeiramente ou nos sentimos amados, não há necessidade de laços forçados.

 As vezes queremos colocar coleiras na esposa, no marido, nos filhos, no empregado, no patrão, no governo, na sociedade, nos fiéis... Para nos obedecer, ou favorecer de alguma maneira.

 O Senhor Jesus, embora seja um Senhor exigente, e nos convide a  segui-lo:

“Arrependei-vos, e crede no evangelho”. (Mc 1:15 )

apela para a coleira do amor: “Se me amarem guardareis os meus mandamentos” (João 14:14).

 Isto, porque Ele mesmo estava preso à mesma coleira. Paulo, ao olhar para a cruz de Cristo, disse: “Porque o amor de Cristo nos constrange” ( I Coríntios 5:14).

 Assim, constrangidos pelo Amor de Cristo, só nos resta amá-lo.

 Ligados assim, por esta   coleira, não será difícil andar junto dEle. E o que é melhor...

Ele não precisará segurar a outra ponta!

 

Pr. Paulo César